domingo, 31 de maio de 2009

Onde estão os Nove? – Lucas 17:11-19



Somente Lucas descreve este acontecimento da cura dos dez leprosos. Lucas é o Evangelho mais pormenorizado, pois preocupou-se em investigar e registrar tudo o mais metodicamente que lhe foi possível. Segundo a tradição, Lucas evangelizou o sul da Europa e foi martirizado na Grécia aos 84 anos de idade. Por falta de cruz, foi pregado numa figueira.

Jesus estava indo a Jerusalém para ser crucificado. No caminho, passando pela Galiléia e Samaria, entrou numa aldeia (17.12). Era um pequeno povoado, tão insignificante que nem o seu nome foi citado.

Na entrada da cidade, Cristo encontrou dez leprosos, os quais pararam de longe. Por quê eles não se aproximaram? A lei determinava que o leproso ficasse isolado da sociedade por causa do seu mal contagioso (Num. 5.2). Logo que a doença era diagnosticada, ele perdia a família, os amigos, o emprego e os bens. Certamente, perdia também a auto-estima e a alegria de viver.

Hoje, da mesma forma, muitas pessoas se encontram arrasadas, sem Deus, sem paz, sem esperança. Precisam encontrar Jesus com urgência. Ali estava um grupo de dez leprosos que encontraram Jesus. Aliás, foi ele quem os encontrou. Eles jamais poderiam fazer uma caravana rumo a Jerusalém em busca de Jesus. Seriam impedidos com violência pela população. Entretanto, Cristo foi àquela cidade por causa deles. Contudo, suas vidas mudaram completamente porque tiveram um encontro com Jesus. Nenhum outro podia curá-los, mas Cristo podia. Ele á a única esperança para o homem.

O texto mostra que aqueles leprosos sabiam quem era Jesus. As notícias já tinham chegado àquele lugar. Entretanto, não basta ter informações sobre Cristo. É preciso conhecê-lo. Eles criam que Jesus podia curá-los, mas a fé precisa ser colocada em ação. Por isso clamaram: "Jesus, Mestre tem misericórdia de nós" (17.13).
Então, o Mestre lhes deu uma ordem: "Ide, e mostrai-vos ao sacerdote" (17.14). O sacerdote era responsável pelo diagnóstico. Era ele quem podia confirmar a cura. Aqueles homens, ainda leprosos, precisavam obedecer para serem abençoados, e não o contrário. Sua fé precisava estar além das evidências visíveis. Ainda tinham todos os sintomas da doença, mas deviam obedecer à voz do Mestre, sem questionamentos. Quem sabe naquele momento um deles se olhou e disse aos outros: “Mas nós ainda estamos leprosos, ainda não fomos curados. Porque então devemos nos dirigir ao templo e ao sacerdote, correndo o risco de adentrarmos na cidade e sermos violentados pela população?” O segredo do Milagre é a Obediência. Quando obedecemos mesmo que os nossos olhos não consigam ver fisicamente a concretização da promessa, em seguida a resposta chega.

A obediência demonstra a fé. "E, indo eles, ficaram limpos" (17.15). Não adianta crer e ficar parado. Em muitas situações, a ação deve acompanhar a fé. Então, os dez leprosos foram curados.

Vendo que estava limpo, um deles voltou para louvar (17.15), agradecer (17.16) e adorar (17.16), prostrando-se perante Jesus. Ele glorificava a Deus em alta voz. Louvando ao Pai, reconhecia que em Jesus operava o poder de Deus. Imediatamente, Jesus perguntou pelos outros nove que foram curados. Não voltaram para agradecer. Cometeram o pecado da ingratidão. Jesus valoriza o louvor, as ações de graças, a adoração, mas, acima de tudo, ele queria ver aquelas pessoas perto dele, rendidas aos seus pés.

Onde estavam os nove? Foram se mostrar ao sacerdote, receberam o atestado de cura e correram para retomarem a normalidade de suas vidas; talvez tenham ido à procura da família, do patrimônio, dos amigos. Foram procurar um emprego, etc. Não tinham mais tempo para Jesus. Talvez pensassem que não precisavam mais dele. Para eles, Jesus era um abençoador, um curandeiro. Sabiam que ele era Mestre (17.13), mas não estavam interessados em seus ensinamentos. Queriam apenas a benção, o benefício físico, pessoal e imediato. Muitos são abençoados e logo se afastam de Deus.

O ex-leproso que voltou demonstrou um nível maior de fé e reconhecimento. Hoje, muitas pessoas são curadas, abençoadas, mas poucas querem estar aos pés de Jesus. Poucos querem ter compromisso com ele, servindo-o como Rei, como Deus e Senhor. Cheguemo-nos a Deus, não apenas por necessidade, mas por gratidão.

Jesus disse àquele homem: "Levanta-te e vai; a tua fé te salvou". Agora, ele podia ir e fazer tudo o que os outros fizeram. Podia recuperar a normalidade de sua vida, mas de uma forma muito mais gloriosa do que os nove companheiros. Ele podia testificar que foi, não apenas curado, mas salvo. Podia dizer que viu Jesus, não de longe, mas de perto. Seu testemunho seria completo e eficaz. Foi transformado de corpo e alma. Recebeu benefícios temporais e também eternos.

Onde estão os nove? O Senhor procura aqueles que um dia foram abençoados e hoje estão distantes dele. É tempo de voltar, prostrar-se aos pés do Mestre, adorando-o de todo o coração.

Tome essa atitude agora, levante-se, Jesus te espera!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 21/05/2009
Pr Lincoln Lózer

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Igreja que Prevalece – Mateus 16:13-20



Jesus havia levado seus discípulos para a região de Cesaréia de Filipe, território gentio, ao norte da Palestina, cerca de 190 km de Jerusalém. Era uma região sob forte influência de várias religiões, lá, Herodes, o Grande, havia construído um templo em homenagem a César Augusto.

Em todo o capítulo 16 de Mateus Jesus além de mencionar pela primeira vez o nome “Igreja” (v. 18), também fala abertamente aos Seus discípulos de Sua morte na cruz (v. 21).

Jesus sabia o quanto o povo estava confuso sobre quem Ele era e por isso nos versos 13 a 16 faz duas perguntas aos Seus discípulos.

Quem diz o povo ser o Filho do Homem? Os discípulos responderam justamente o que a multidão afirmava. “Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos Profetas.”

Então Jesus olha novamente para os Seus discípulos e faz a segunda pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou? Transfiro essa profunda pergunta pra você neste momento. Pra você quem é Jesus? O que Jesus significa pra você?

Para uma grande multidão Jesus é lembrado e invocado apenas nos momentos de intenso sofrimento, quando a situação financeira está a um passo do colapso, quando o exame médico detectou uma grave enfermidade, quando o advogado disse que não havia mais jeito, para outros Jesus é adorado e reverenciado porque é Deus acima de todas as bençãos que possa conceder. Para estes Ele se revela, pois a revelação de Jesus não é pela carne, mas pelo Espírito. O Espírito Santo que nos ensina todas as coisas através da Palavra que é o próprio Jesus Cristo e fará isso somente na vida daqueles que confessam a Jesus e vivem em obediência a Sua vontade.

Pedro cheio da revelação do Espírito Santo responde a pergunta de Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”

Em seguida no v. 18, Jesus afirma: “Tu és Pedro (grego: petros, pedra pequena), e sobre esta pedra (grego: petra, grande fundação rochosa) edificarei a minha Igreja...”

Os romanistas afirmam há séculos que Cristo estava afirmando a missão do Papa e o poder da Igreja, mas em Lucas 4:38 o próprio Jesus entra na casa de Pedro e cura a sua sogra que estava com febre muito alta. Logo entendemos que Pedro não poderia ser Papa pois era casado e tinha filhos. Também porque os próprios romanos martirizaram Pedro, crucificando-o de cabeça para baixo, pois o mesmo não se achou digno de ser crucificado como o Mestre, como nos diz a tradição. O próprio Pedro também afirma em I Pedro 2:5 que somos chamados de “pedras que vivem”, endossando as palavras de Jesus a ele. Pedro era a pedra pequena representando a Igreja, edificada sobre a grande edificação rochosa Jesus Cristo. A Igreja é edificada em Jesus e não em Pedro.

As portas do inferno não prevalecerão contra ela não quer dizer que o inferno não se levantará, que não vencerá em algumas circunstâncias de maneira parcial como se estivesse prevalecendo, mas que a vitória final sempre será da Igreja fundamentado na Rocha que é Jesus.

No verso 19 o Senhor dar a Pedro e aos Seus discípulos as chaves do Reino. Note que não são as chaves do céu, mas do Reino. Jesus se refere à autoridade e serviço, não a senhorio. Então esqueça a expressão popular de que São Pedro tem a chave do céu, pois foi um ser mortal, falho e dependente da salvação de Jesus como eu e você. A Palavra nos diz em Hebreus 2: 8, referente a Jesus: “Todas as coisas sujeitaste debaixo dos Seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do Seu domínio”. Tudo está sob o domínio de Jesus, até as chaves do inferno e da morte pertencem a Ele, quanto mais do céu onde é a Sua habitação. Pedro está na sepultura aguardando a ressurreição dos mortos, mas Jesus o único que ressuscitou, por isso é digno de toda exaltação e louvor.

Pedro recebe poder para ligar e desligar o Reino aqui na terra através do serviço, da pregação da Palavra. Mas este poder não foi concedido somente a Pedro, mas a Igreja em geral, foi concedido a você meu querido(a) que um dia aceitou a Jesus como único Salvador pessoal da sua vida. Veja o que Jesus disse em Mateus 18: 18: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus”.

Pedro estava apenas representando a Igreja. A Promessa é extensiva a toda a Igreja do Senhor Jesus. Tome posse meu querido(a). As portas do inferno não prevalecerão contra a tua vida, pois o Senhor é a grande rocha em quem tu estás firmado.

Confie no Senhor Jesus!

Deus abençoe sua vida abundantemente!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 16/05/2009
Pr Lincoln Lózer

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Armas Espirituais – II Coríntios 10:04



Paulo escreveu esta epístola a igreja de Corinto e aos crentes de toda a Acaia, identificando-se duas vezes pelo nome. Tendo Paulo fundado a igreja em Corinto, durante sua segunda viagem missionária, manteve contato freqüente com os coríntios a partir de então, por causa dos problemas daquela igreja. Corinto era uma antiga cidade da Grécia, e em muitos aspectos, foi a metrópole grega de maior destaque nos temos de Paulo. Assim como muitas das cidades prósperas do mundo de hoje, Corinto era intelectualmente arrogante, materialmente próspera e moralmente corrupta. O pecado, em todas as suas formas, estava infiltrando-se de forma assustadora nessa cidade de má fama. Juntamente com Priscila e Áquila e com a sua própria equipe apostólica, Paulo fundou a igreja em Corinto, durante seu ministério de dezoito meses ali. A igreja era composta de alguns judeus, sendo sua maioria constituída de gentios convertidos do paganismo.

No capítulo 10 de II Coríntios, Paulo está defendendo o seu ministério apostólico, pois alguns falsos apóstolos estavam atacando a sua autoridade apostólica em Corinto, tentando persuadir uma grande parte da igreja a rejeitá-lo. Paulo queria contestar e desmascarar os seus adversários que continuavam a difamá-lo.

Vejamos o que está escrito no verso 4; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.” Mas, porque as armas da nossa milícia não podem ser carnais? É simples, tão somente porque com armas carnais não se vence inimigos espirituais. Se lutarmos com armas carnais ou humanas contra inimigos invisíveis estaremos completamente perdidos. Não Podemos jamais esquecer que estamos em uma guerra espiritual, e nessa guerra temos que usar armas espirituais para combater as fortalezas de satanás. Efésios 6:12 nos diz que a nossa luta não é contra a carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Muitas pessoas duvidam da existência do diabo. Acham que esse é um dos exageros ensinados nas igrejas evangélicas. Afirmam até que o mal existe porque é destino do homem sofrer. Precisamos entender que, de fato, as fortalezas inimigas são invisíveis, mas são reais, elas existem. Porém, não estamos desarmados ou indefesos nesta guerra contra estas fortalezas. Deus projetou o maior, melhor e mais poderoso arsenal de guerra do universo. As armas que Deus nos deu são poderosas, e isso nos dá a garantia de que triunfaremos no confronto contra as forças malígnas.

Ao usar a expressão fortalezas, Paulo está se referindo aos padrões de condutas construídos e solidificados nos pensamentos pela atuação dos demônios. A mente, que é o lugar de comando, a sede da alma, fica bloqueada, travada e prisioneira dos poderes satânicos. Os demônios, após construírem a fortaleza na mente, atacam o campo emocional, impondo também, controle total sobre a vontade. Mas, quando assumimos a nossa posição em Cristo, e recebemos d’Ele autoridade, passamos a usar as armas com destreza, e aí sim, podemos destruir as fortalezas do inimigo.

Sempre que surgir um desafio, enfrente agressivamente as forças das trevas, tendo sempre em mente, que o Senhor já te deu armas poderosas, sendo assim, Ele vai te mostrar qual estratégia ou método de guerra você deve usar.

Deus te abençoe grandemente!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 14/05/2009
Pr Diogo Lózer

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Se Esforce para Entrar no Reino – Lucas 16:16



Nos primeiros versículos do capítulo dezesseis do livro de Lucas, Jesus ministra aos seus discípulos a Parábola do Administrador Infiel, afirmando que os mesmos deveriam ser mordomos, ou seja, servos e deveriam usar todas as habilidades e recursos para ganhar almas para o Reino de Deus. Jesus não apóia a atitude mundana daquele servo pródigo em ser infiel com o seu senhor que o havia responsabilizado os seus bens, mas apoiou a segunda atitude dele em aproveitar as oportunidades com as habilidades que possuía para reverter o problema que o havia atingido como conseqüência dos seus atos.

Ele finaliza suas Palavras falando a respeito da avareza nos versos 10 a 13 do mesmo capítulo. Avareza significa: apego excessivo às riquezas, ganância, egoísmo. O verso 14 nos diz que os Fariseus eram avarentos e estavam ouvindo tudo o que Jesus falava aos Seus discípulos e o “ridicularizavam”, no grego significa literalmente – “empinar o nariz” ou “torciam o nariz para Ele”. Na verdade honravam ao Senhor apenas com os lábios, enquanto com as riquezas viviam como o mundo. Eles zombavam de Jesus porque eram abastados, prósperos e viam isso como sinal da aprovação de Deus e escarneciam de Jesus que era pobre, de origem humilde.

Nós estamos vivendo numa esfera mundial a “Era da Avareza”, e muitos estão seguindo por esse caminho. Até na Igreja temos visto o resultado disso onde as pessoas negam-se a devolver o dízimo. Afirmei inicialmente que somos mordomos do Mestre, e por isso nada do que possuímos nos pertence, tudo que possuímos Ele nos deu pela Sua soberana graça e vontade. Teus recursos vem d’Ele e nos é ordenado ser entregue apenas 10% (dez por cento) na Casa do Tesouro, na Igreja Local, mas isso não quer dizer que os outros 90% (noventa por cento) também não pertençam a Ele, por isso, busque n’Ele sabedoria para aplicá-los da melhor maneira possível e serás guiado.

Verso dezesseis, Jesus afirma que a Lei e os Profetas até João pregaram o Evangelho do Reino, isso quer dizer que todos eles apontavam para o Messias, aquele que viria para resgatar a humanidade da condenação eterna. Mas para entrar no Reino é necessário “esforço”. Alguns estudiosos do grego nos dizem que esta palavra, “esforçar” significa “concentrar toda a nossa energia para atingir um alvo”.

Mateus 11:12 nos diz: “E desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força (esforço) se apoderam dele.”

Lucas 13:24 diz: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.”

Você tem se esforçado para entrar no Reino de Deus?

Hoje as pessoas vivem a realidade da fé a maneira delas. Não querem compromisso, vida de renúncia, de santificação. Assentadas em seus lugares nas Igrejas com as mãos abertas, esperam as bençãos caírem do céu sem qualquer participação ativa da parte delas.

Quais são seus esforços meu querido(a)?

Qual área ou em quais situações você percebe que Deus quer que você se esforce, que você faça violência a si mesmo e se apodere da realidade do Reino de Deus?

Esforce-se por ter sempre uma consciência pura diante de Deus e dos homens
Esforce-se para ser agradável ao Senhor
Esforce-se para entrar no descanso do Senhor
Esforce-se para fazer o bem
Esforce-se para preservar a unidade do Espírito
Esforce-se nas orações em favor dos santos
Esforce-se na pregação do evangelho
Esforce-se na leitura da Palavra de Deus
Esforce-se para ser santo como o Pai
Esforce-se para ser ativo nos cultos diários

Esforce-se meu amado(a), pois Deus está projetando maravilhas no mundo espiritual para te entregar!

Deus abençoe!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 12/05/2009
Pr Lincoln Lózer

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Transfiguração – Mateus 17:1-5



A história da transfiguração é contada nos três Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). O relato de Marcos é o mesmo de Mateus, todavia, Lucas acrescenta alguns detalhes que não são encontrados nos outros dois Evangelhos. Esse acontecimento narra o momento em que três discípulos (Pedro, Tiago e João) tiveram uma experiência única e sobrenatural ao subirem juntamente com Jesus a um monte. Sabemos que Jesus possuía doze discípulos, homens que foram escolhidos pelo Mestre para seguí-lo durante o período do seu ministério. Porém, nesse episódio Jesus convida apenas três para acompanhá-lo.

O verso 1 diz que Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João e os conduziu em particular a um alto monte. Segundo a tradição, eles foram ao monte Tabor, que ficava 17 km a oeste do Mar da Galiléia, e a 575 metros acima do nível do mar. A planície que cerca o Monte Tabor é o vale de Jizreel, também conhecida como planície de Asdraelon. Ao chegarem no cume do monte Jesus se revela para eles de uma forma nunca vista antes. O Senhor transfigurou-se diante deles; o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. Fisicamente, Jesus tinha todas as características de um homem; espiritualmente, Ele compartilhava da natureza de Deus. Na transfiguração, a sua glória interna tornou-se visível externamente e os três discípulos presenciaram esse acontecimento glorioso e marcante. Depois que Jesus se transfigura, acontece algo inesperado, Moisés e Elias aparecem falando com Ele. Moisés representando a Lei e Elias os Profetas. Lucas escreveu no Evangelho que eles falavam com Jesus acerca da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém e que os discípulos estavam cheios de sono, mas que acordaram quando Moisés e Elias falavam com Jesus. O propósito da aparição não era outro senão consolar Jesus, pois os acontecimentos que o aguardavam eram extremamente angustiantes.

No verso 4 podemos ver a reação de Pedro ao vislumbrar essa cena sobrenatural. Ele toma a palavra e diz a Jesus: Senhor, é bom estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos(cabanas), um para ti, um para Moisés, e um para Elias. Pedro ficou tão maravilhado com essa experiência, que nem queria mais descer do monte. Eu gostaria de comparar a reação de Pedro, com as reações de muitos crentes quando estão na igreja durante o momento do culto. Existem cristãos que são como Pedro, quando estão na igreja se sentem tão bem, que se desligam de tudo que é natural e terreno, e só querem adorar ao Senhor e contemplar a sua glória. De fato, é bom demais estar na casa de Deus, no seu santuário. Davi no Salmos 27:4-5 disse: Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei; que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e inquirir no seu templo. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha. Essas são as palavras de um homem que amava habitar na casa do Senhor. Ele mesmo declarou isso no Salmos 26:8; Senhor, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória.

Em contrapartida, existem pessoas que não se sentem bem na casa de Deus. Pessoas que vão aos cultos por não terem um lugar melhor para irem. E quando vão, ficam contando os minutos para o culto acabar. Ficar alguns minutos na igreja acaba sendo um peso e um programa não muito interessante. O que mais me chama atenção na atitude de Pedro, é que ele estava disposto a abrir mão de tudo para ficar no cume do monte, até cabanas ele queria armar, pois nada era mais importante para ele naquele momento do que estar contemplando a glória do Senhor.

Que o desejo do seu coração seja de habitar sempre na casa do Senhor, no lugar onde a Glória de Deus permanece.

Fica na paz!!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 10/05/2009
Pr Diogo Lózer

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A Cura da Mulher Encurvada – Lucas 13: 10-17



Entre os Evangelhos, o livro de Lucas é o único que possui a narrativa da cura da mulher encurvada. Jesus estava mais uma vez ministrando na sinagoga e entre a multidão estava uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já dezoito anos, ela andava encurvada sem de modo algum poder endireitar-se. Vivia debaixo de um governo maligno. Sua enfermidade era espiritual e refletia no físico. Suas vértebras se fundiram e era impossível consertar. Hoje temos obras científicas comprovadas de que as doenças do espírito provocam descargas muito fortes na estrutura física do homem provocando todo tipo de enfermidades. Quem sabe na vida daquela mulher a falta de perdão, ressentimentos, raízes profundas de amargura, foram as brechas para o inimigo trabalhar e lançar a enfermidade. Não sabemos, pois a Palavra não nos afirma assim, mas podemos conjecturar.

Durante dezoito anos aquela mulher encurvada estava todas as semanas no templo, ouvindo as pregações, louvando, ofertando e sacrificando, mas sem nenhuma solução para o seu problema. Hoje temos muitos vivendo como essa mulher: vida pessimista, encurvada, oprimida por cargas e fracassos durante anos.

O verso doze nos diz que Jesus viu aquela mulher. As mulheres na sinagoga ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam juntas com os homens, havia uma cortina que separava, mas Jesus a viu, chamou-a e liberou uma Palavra de Autoridade contra o espírito de enfermidade que a atormentava, e logo em seguida tocou-a e ela se endireitou e glorificava a Deus. O Mestre a contemplou nos últimos bancos, na ala das mulheres, sentiu compaixão pela dor daquela mulher, párou tudo, e chamou-a para frente, a ala dos homens, quebrando totalmente o protocolo da tradição e diante de todos libertou-a de todo o tormento.

Em seguida os religiosos se levantaram contra a vitória daquela mulher, pois não aceitaram a cura em dia de sábado. Nunca haviam feito nada por ela em todo o decorrer dos anos, mas quando alguém fez levantaram-se contra. Jesus defendeu-a! A vida é muito mais importante do que as tradições e ritos. Quem sabe muitos tem se levantado contra a tua vitória, mas creia que Jesus no momento certo te defenderá diante de tudo e todos, tu serás justificado pelo bom Mestre.

No verso seis Jesus afirma que aquela mulher estava cativa e era “Filha de Abraão”, ou seja, era israelita, filha da promessa, mas satanás a havia escravizado.

Não é apenas Satanás que faz as pessoas se curvarem. O pecado (Salmo 38:6), a tristeza (Salmo 42:5), o sofrimento (Salmo 44:25) entre outros, também podem ter esse efeito. Jesus é o único capaz de libertar o cativo!

Ao final da história, no último verso, havia duas classes de pessoas, os envergonhados e os que se alegravam com a vitória daquela mulher.

Talvez você em alguma área da tua vida esteja encurvado. Você não consegue andar corretamente. Aquela mulher não levantava a cabeça, só olhava para o chão. Ninguém conseguia ver sua face, andava escondida, cheia de complexos. Mas quando Jesus chega ele muda tudo. Quando Jesus chega o inferno tem que se render diante do Seu grande Poder. Quando Jesus chega os inimigos tem que recuar e ser envergonhados.

Este é o teu dia querido!
Este é o teu momento!
Levante-se, erga a cabeça e tome posse do Milagre!

Deus abençoe!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 05/05/2009
Pr Lincoln Lózer

sábado, 9 de maio de 2009

Se Deus Prometeu, Vai Acontecer – Romanos 4:20-21



A epístola de Paulo aos Romanos é uma das 13 epístolas do apóstolo que encontramos no Novo Testamento. Romanos é a carta de Paulo mais longa, mais teológica e mais influente. Talvez por essas razões foi colocada em primeiro lugar entre as do apóstolo. De modo contrário a tradição católica romana, a igreja de Roma não foi fundada por Pedro, nem por qualquer outro apóstolo. Ela talvez foi iniciada por convertidos de Paulo provenientes da Macedônia e da Ásia, bem como pelos judeus e prosélitos convertidos no dia de Pentecoste. Romanos foi escrita por Paulo aproximadamente no ano 57 d.C. quando ele estava em Corinto como hóspede na casa de Gaio.

No capítulo 4 de Romanos, Paulo fala acerca do grande patriarca Abraão, aquele que ficou conhecido como o “Pai da Fé” e foi chamado pelo próprio Deus de “amigo”. Em Gênesis 12 Abraão recebe uma promessa de que seria pai de uma grande nação. Nessa ocasião o patriarca estava com 75 anos de idade. Ora, como Abraão poderia ser pai de uma grande nação se ele não tinha filhos e já estava com a idade avançada? As circunstâncias e a lógica diziam que essa promessa não poderia se cumprir. Deus fala mais uma vez com Abraão em Gênesis 15, e dessa vez o Senhor anima-o e confirma a promessa que Ele havia feito. Depois de 25 anos de espera a promessa se cumpre, o Senhor visita a Sara, e ela deu a Abraão um filho na sua velhice. Isaque nasceu quando Abraão tinha cem anos de idade, já com o seu corpo amortecido.

Estamos vivendo dias onde as pessoas são imediatistas, querem que as promessas se cumpram da noite para o dia, cristãos que não querem pagar o preço da espera para ver as promessas se cumprindo. Podemos notar que Abraão foi paciente, ele esperou o tempo de Deus na sua vida, aguardou 25 anos o cumprimento da promessa sem desfalecer. Vejamos no verso 20 o que Paulo fala a respeito de Abraão: “E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé dando glória a Deus”. As circunstâncias não fizeram Abraão duvidar da promessa, ele acreditou em todos os momentos, afinal de contas, ele acreditava que fiel é aquele que o havia prometido. Mas qual foi o segredo de Abraão esperar por tanto tempo a promessa sem duvidar? A parte “b” deste versículo responde essa pergunta. Ele foi fortalecido na fé “dando glória a Deus”. Se você tem promessas de Deus, mas até agora nada aconteceu, parece que as promessas estão bem distantes de ti, o tempo está passando, mas você não ver nenhum sinal da promessa, faça como Abraão, seja fortalecido dando glória a Deus, renove as suas esperanças dando glória a Deus. É muito fácil glorificar depois que a promessa se cumpre, mas Deus quer que você siga o exemplo de Abraão, glorifique ao Senhor enquanto você espera o cumprimento das promessas.

O verso 21 nos diz que Abraão estava certíssimo de que Deus era poderoso para fazer aquilo que Ele havia prometido. Vejamos alguns versículos:

“Deus não é homem para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” Números 23:19

“Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.” Isaías 40:8

“Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” Jeremias 1:12

“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” Mateus 24:35

“Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.” Hebreus 10:23


Está chegando o tempo do cumprimento das promessas de Deus na sua vida. Você foi marcado pela promessa. Nenhuma palavra que o Senhor disse ao seu respeito cairá por terra, tudo irá se cumprir.

Deus abençoe!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 03/05/2009
Pr Diogo Lózer

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Levanta-te, e Vem para o Meio – Lucas 6: 6-11



Era dia de sábado e Jesus estava na Sinagoga pregando a Palavra do Pai. Encontrava-se alí também um homem que tinha a mão ressequida, atrofiada ou seca, a mão dele era encolhida e os escribas e fariseus observavam-no, para ver se Jesus o curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem. Alguns teólogos afirmam que tratava-se de uma conspiração contra Jesus, pois, afirmam eles, os próprios escribas e fariseus haviam conduzido aquele homem a Sinagoga. A verdade é que como nos diz o verso 8, Jesus conhecia-lhes os pensamentos de acusação e dirigiu-se com tamanha autoridade ao homem da mão ressequida e disse: "Levanta-te e vem para o MEIO..." No mesmo instante aquele homem levantou-se e permaneceu de pé a fim de receber o milagre da cura, que com certeza àquela altura era o que ele mais almejava. Perceba que ele "permaneceu de pé" no MEIO da Sinagoga, obecedeu a ordem do mestre e logo em seguida foi curado pelo Poder de Deus. Quem sabe ele deveria estar pelos cantos, escondido por causa da sua imperfeição, mas Jesus o chamou para o MEIO, pois desejava curá-lo daquele mal diante de todos, principalmente daqueles que queriam acusá-lo.

Quando Jesus diz: "Levanta-te e vem para o MEIO..." ele estava afirmando, se mostre, não tenhas medo, não se exclua, mostre quem você é, saia da sua prostração, saia do comodismo de achar que sua vida é assim mesmo e não muda pois você nasceu assim e vai morrer assim.

Vem para o MEIO, não fique olhando para a sua atrofia, para os seus defeitos, não se anule, não se esconda. Muitas vezes estamos no meio das pessoas, mas ninguém nos conhece, por que não nos damos a conhecer. Como aquele homem, ficamos num canto qualquer, achando-nos inferiores aos outros e não damos oportunidade para nós mesmos crescermos na nossa vida espiritual, emocional, afetiva, etc.

Muitos nestes últimos tempos sofrem de muitos complexos, mas o pior é o da inferioridade, onde a pessoa se isola, esquecendo-se que também são dotadas de talentos e capacidades peculiares concedidos por Deus. Você é útil meu querido, saia do lugar que limita a tua visão, erga-se, levanta-te e Cristo te esclaracerá, te iluminará.

Estar no MEIO significa estar no CENTRO. No Centro da vontade de Deus, no Centro da Promessa, no Centro da Glória, no Centro da Palavra, no Centro da Santidade, no Centro da Obediência...

"Deus está no MEIO dela, jamais será abalada, Deus a ajudará desde o romper da manhã." Salmos 46:5

"Exulta e canta, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no MEIO de ti." Isaías 12:6

"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu Nome, alí estou no MEIO deles." Mateus 18:20

Meu querido, Jesus está no MEIO te aguardando, deixa Ele curar os teus complexos e temores, entrega tudo nas mãos d'Ele e grandes milagres acontecerão.

Levanta-te e vem para o MEIO... Essa é a Palavra de ordem do Senhor Jesus para a tua vida.

Deus abençoe!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 28/04/2009
Pr Lincoln Lózer