terça-feira, 16 de junho de 2009

Nascer da Água e do Espírito - João 3:1-8



O Evangelho de João é atribuído ao próprio João que é conhecido como um dos mais íntimos discípulos de Jesus, e a quem ele confiou o cuidado de sua mãe no momento de sua morte (Jo. 19,27). É um dos últimos livros do Novo Testamento a ser escrito e surgiu na cidade de Éfeso. A data em que foi escrito é incerta, mas provavelmente foi escrito na última parte do primeiro século. João escreveu também as três epístolas que levam o seu nome, I João, II João, III João e o livro das Revelações (Apocalipse). Foi o único apóstolo de Jesus a morrer de morte natural, os outros morreram de mortes trágicas e horrendas.

Uma das características do Evangelho de João é revelar realmente quem é Jesus Cristo de uma forma muito profunda. É considerado por muitos como o livro mais teológico e espiritual da Bíblia.

João registra oito milagres de Cristo. Seis destes se encontram só neste Evangelho. A água transformada em vinho, 2:1-11; a cura do filho do funcionário do rei, 4:46-54; a cura do homem no tanque, 5:1-9; o cego de nascimento, 9:1-7; a ressurreição de Lázaro, 11; a segunda pesca milagrosa, 21:1-6.

Nicodemos era Fariseu, “um dos principais dos judeus” e foi à noite ter com Jesus. Ele fazia parte de uma seita religiosa muito conservadora. Nicodemos não era uma pessoa qualquer, mas um Líder no meio dos Judeus. Segundo a história era um homem rico, pois comprou 100 libras de mirra e aloés para juntamente com José de Arimatéia outro fariseu convertido, ungir o corpo de Jesus, preparando-o para o túmulo (João 19: 38-40).

No verso 2, Nicodemos se dirige a Jesus, o qual não se intimidou diante das palavras gentis. Mesmo sabendo que era um dos grandes de Israel, olhou de frente para aquele líder religioso, competente e conceituado e lhe fez uma exigência espiritual: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus”. (V. 5)

No verso 4, fica claro que Nicodemos não conseguiu entender as Palavra de Jesus mesmo sendo Líder em Israel e conhecedor da Palavra.

O novo nascimento é por meio da água e do Espírito!

O profeta Ezequiel sobre este assunto disse o seguinte: “Então espargirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ezequiel 36: 25- 27).

Nascer da água é o mesmo que nascer da palavra: Jesus é o Verbo de Deus, ou seja, a Palavra encarnada (João 1: 14). Sobre este aspecto Paulo escreveu: “Para santificá-la, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra...” (Efésios 5: 26) “Se alguém tem sede, vem a mim e beba” (João 7: 37). Jesus é a água que produz vida naqueles que são purificados por Ele, ou seja, naqueles que crêem.

Nascer do Espírito é o mesmo que nascer de Deus, visto que, Deus é Espírito e aqueles que d'Ele são nascidos recebem um novo espírito e um novo coração. Portanto, “...o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3: 6), e os que crêem recebem poder para serem feitos filhos de Deus!

Há uma ordem específica para se nascer de novo? Sim! Primeiro o homem nasce da água, depois do Espírito! Como?

Primeiro o homem precisa ser lavado pela Palavra de Deus para ser limpo (ser molhado por Deus com água limpa, aspergido). Quanto mais o homem se deixa ser lavado, mais acesso tem aos mistérios de Deus.

O homem só nasce do Espírito e tem acesso ao poder de Deus depois que ouve a Palavra da verdade, conforme Paulo escreveu a Tito: “... Ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração (àgua) e da renovação pelo Espírito Santo (Espírito)” (Tito 3: 5).

Os que de Deus são nascidos, são renovados pelo Espírito Eterno, recebendo um coração de carne em lugar do coração de pedra e um novo espírito Sl. 51: 10.

Se você ainda não experimentou deste novo nascimento, este é o teu dia, este é o teu momento. Se humilhe agora diante de Jesus, reconheça os seus pecados, se arrependa e procure uma Igreja Evangélica para confirmar sua decisão e para aprender com mais profundidade o plano de salvação para sua vida.

Deus abençoe com toda sorte de bençãos sua vida..!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 07/06/2009
Pr Lincoln Lózer

Vinho Novo em Odres Novos – Mateus 9:17



Mateus que tinha por sobrenome Levi, era um coletor de impostos (publicano) judeu, trabalhava para o governo romano. Por colaborar com os romanos, que eram odiados pelos judeus como dominadores estrangeiros, Mateus, como todos os publicanos, eram desprezados por seus compatriotas. Apesar disso, Mateus reagiu positivamente à chamada singela que Cristo lhe fizera para seguí-lo. Mateus apresenta Jesus como o cumprimento da esperança profética de Israel. Ele cumpre as profecias do Antigo Testamento, a saber:

• O modo como Jesus nasceu;
• O lugar do seu nascimento;
• O seu regresso do Egito;
• Sua residência em Nazaré;
• O território principal do seu ministério público;
• O seu ministério de cura;
• Os seus ensinos por parábolas;
• A sua entrada principal em Jerusalém;
• A sua prisão;


O Evangelho de Mateus é o único onde podemos encontrar por duas vezes a palavra “igreja”. Nestes dois lugares são palavras de Cristo, mostrando que Ele tinha uma idéia definida da igreja como instituição futura. O propósito do fato de que estas duas expressões do Senhor fazem parte de Mateus pode indicar que este evangelho foi escrito para uma igreja nova e em luta, com necessidade de estímulo e disciplina. A tradição afirma que Mateus pregou na Palestina por doze anos, depois da ressurreição de Cristo, e que depois foi pregar em outras terras, mas quanto a isso não há certeza.

Quando Jesus proferiu as palavras do verso 17, Ele estava fazendo menção ao fato de que as coisas novas, referente ao Reino, que estava ensinando aos judeus não poderiam ser armazenadas nos velhos costumes deles. Os judeus eram extremamente religiosos, e Jesus veio para quebrar paradigmas, costumes, tradições e trazer um novo tempo, um tempo em que uma nova unção repousaria sobre a sua igreja. Deus quer nos levar a um novo nível de glória, e em um novo nível de glória não se pode ficar com velhas estruturas.

Vejamos a partir de agora o que são odres, e porque que o vinho novo só pode ser armazenado em odres novos. Odres são peles (de porco, carneiro ou outro animal) confeccionadas na forma de um saco para reter líquidos. No entanto os odres quando novos eram flexíveis e macios, mas quando envelheciam perdiam a elasticidade e a capacidade de expandir. Ainda hoje é usado de diferentes maneiras em diversas regiões do mundo.

Quando, na antiguidade, se fazia vinho, era comum colocar o suco de uva em odres novos, porque estariam livre de toda matéria residual fermentadora. Mas, se o vinho novo fosse colocado em odres velhos, o vinho novo começaria mais facilmente a fermentar por causa dos resíduos fermentadores existentes nos odres. À medida em que o suco fermentava, liberava gás que, por não ter por onde escapar, ia enchendo o odre que, com a pressão, se rompia perdendo tanto o vinho quanto o odre.

Vinho novo fala de unção nova. Deus tem um vinho novo para derramar sobre a igreja do tempo do fim. E a condição para que esse vinho novo seja derramado é que os odres, que são os nossos corações, sejam primeiramente renovados. Este é o tempo, esta é a hora de transformação, de renovação de vida, de avivamento, para que o vinho novo nos seja acrescentado. O que Deus tem pra fazer com você é inédito, é algo novo, e grande, o Senhor vai te surpreender.

Nada irá impedir que o vinho novo seja derramado sobre a sua vida. Se abra para o novo de Deus, vinho novo deve ser posto em odres novos, não de uma vez por todas, mas repetidamente e periodicamente, mas para isso é necessário atualização constante, renovação radical dos odres. O mundo não se interessa mais por odres velhos, uma igreja que não vive um evangelho vivo, que não faz a diferença não desperta o interesse do mundo.

Que o seu odre a cada dia seja renovado, e que o vinho novo seja derramado sobre ti até transbordar!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 04/06/2009
Pr Diogo Lózer

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pedro Nega a Jesus – Lucas 22:54-62



Antes de Jesus ser condenado e crucificado, passou por seis julgamentos. Três diante dos judeus e outros três diante das autoridades romanas. O primeiro julgamento foi diante de Anás, o antigo Sumo Sacerdote. Em seguida Jesus foi levado para a casa de Caifás, o Sumo Sacerdote Oficial naquela época (Mt. 26:57).

Foi durante o segundo julgamento de Jesus diante dos judeus, na casa do Sumo Sacerdote Caifás que Pedro negou a Jesus três vezes.

Mas, como isso aconteceu?

1º - Pedro não levou a sério as advertências de Jesus: Em Lucas 22: 31-34 Jesus revela a Pedro a fúria de Satanás contra a sua vida e o deixa ciente de Sua proteção. Pedro promete em seguida aquilo que não estava preparado para cumprir: Ir com Jesus até a morte. No verso 34, Jesus afirma que Pedro o negaria por três vezes antes que o galo cantasse.

2 – Pedro não vigiou e orou conforme Jesus o havia instruído no Getsêmani. Em Lucas 22: 39-46 Jesus leva os Seus discípulos ao jardim, local onde sempre se reuniam para orar, mas agora, nesta ocasião, Jesus estava aflito e angustiado até a morte e ordenou no v. 40: “Orai e vigiai, para que não entreis em tentação” e se afastou para orar. Quando Jesus retornou os achou dormindo de tristeza. Pedro não se preparou, pois não entendeu as Palavras de Jesus, por isso estava totalmente despreparado para os ataques de Satanás.

3 – No verso 54 a Palavra nos diz que Jesus depois que foi preso deixou o jardim e “Pedro o seguia de longe”. Esse foi o passo seguinte para sua derrota. Seguir Jesus de longe é um dos passos para a derrota, para o fracasso, para a ruína.

> Pedro negou a Jesus para uma das servas do Sumo Sacerdote
> Negou novamente para outro servo
> E pela terceira vez negou a Jesus a um parente de Malco, aquele pelo qual o próprio Pedro havia cortado a orelha ainda no jardim.

No verso 60 o galo cantou e, em seguida, Jesus sendo levado para o próximo julgamento voltou-se para Pedro e o fitou. O olhar de Jesus para Pedro quebrantou o seu coração, ele lembrou-se das suas Palavras e saindo dali chorou amargamente em arrependimento.

Salmo 51:17 nos diz: “Coração compungido e contrito, não o desprezarás ó Deus”.

Quando se arrependeu Pedro foi restaurado. Na manhã da ressurreição o anjo enviou uma palavra especial de ânimo para Pedro (Mc. 16:7) e no mesmo dia o próprio Jesus apareceu a ele (Lc. 24:34).

Em algum momento de nossa caminhada todos nós já ouvimos o cantar do galo, por alguma falha que cometemos. Muitos estão nas igrejas evangélicas, mas ainda como Pedro não assumiram a sua identidade com Jesus. Negam-no com o testemunho de quem ainda não nasceu da água e do espírito diante das pessoas.

Quem sabe agora neste momento você está se sentindo justamente como Pedro naquele momento depois de ter negado o Mestre. O cantar do galo tem uma conotação espiritual de derrota, de infidelidade, de uma vida de aparência, mas esse não é o desejo de Deus para você meu querido(a). Certamente não é o fim da linha pra você!

A última Palavra é do Senhor Jesus Cristo!
Levante-se e erga a sua cabeça!
Deus tem vitórias pra você!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 02/06/2009
Pr Lincoln Lózer

terça-feira, 2 de junho de 2009

Imposição de Mãos – II Timóteo 1:6



Poucas vezes se ouve em nossos dias estudos ou mensagens sobre o tema “imposição de mãos”, mas ele é um dos rudimentos da fé cristã. Ao que parece, a igreja primitiva incluía esse assunto em seu discipulado básico. Esta era uma das coisas que um novo crente aprendia logo, na teoria e na prática. O que seria isso? A imposição de mãos é o ato de colocar as mãos sobre alguém ou alguma coisa com a intenção de transferir uma verdade espiritual. Há gestos físicos que têm grande significado espiritual. Quando nos curvamos ou prostramos, por exemplo, estamos nos submetendo a alguém. Por isso a Palavra fala para não o fazermos diante de ídolos, pois isso seria uma infidelidade para com Deus. É nesse sentido que a imposição de mãos se torna uma prática poderosa. Segundo o ensino bíblico, as mãos representam a extensão da própria pessoa e, colocadas sobre alguém, tem o poder da transferência ou da impartição. Isso quer dizer que quando alguém impõe as mãos sobre outra pessoa com um objetivo espiritual, estará de fato lhe transmitindo algo.

Quando Jesus foi manifestado na carne, trouxe consigo os sinais do Reino de Deus. Os milagres foram apresentados como evidências de que Jesus era o Messias e estes milagres quase sempre eram operados através da imposição de mãos. É interessante notar que, além de estar abençoando pessoas, Jesus estava formando discípulos. Cada ministração sua era uma “aula prática” de como operar o poder de Deus. Por isto, os apóstolos depois de sua partida continuaram praticando e ensinando a imposição de mãos como algo eficaz de se transmitir benção.

Na realidade, há um princípio espiritual que é liberado quando em fé impomos as mãos sobre alguém. Essa verdade é tão forte, que satanás procura imitá-la para o implemento do mal. Nos terreiros, nos rituais de feitiçarias e mesmo nas práticas de Nova Era há uma ênfase forte no assunto. Como sempre, os demônios tomam verdades de Deus e as distorcem, com o fim de enganar e prejudicar as pessoas. Concluímos então que, pelo fato de haver um poder de transferência quando mãos são impostas com motivações místicas ou espirituais, não podemos permitir que servos do diabo ou pessoas mal intencionadas coloquem as mãos sobre nós. Por outro lado, quando nós, servos de Deus nascidos de novo, impomos as mãos sobre alguém (ou sobre algo), temos o poder de liberar as virtudes do Senhor sobre o objeto da nossa ministração. É como se as nossas mãos fossem a extensão das poderosas e bondosas mãos de Deus.

Vejamos agora alguns objetivos da imposição de mãos:

Transferindo a benção – O sentido mais básico do uso da imposição de mãos é o de se transferir a benção de Deus, seja de uma forma geral ou específica. Jesus o fazia para abençoar as crianças. Desde o Antigo Testamento vemos esta prática. Os patriarcas a usaram. Em Deuteronômio 28:8 diz que o Senhor mandará que a benção esteja nos nossos celeiros, e em tudo que pusermos a nossa mão.

Curando os enfermos – Outro objetivo da imposição de mãos é a cura de enfermos pelo poder de Deus. Jesus o fez, como já vimos anteriormente e os apóstolos também. Aliás o Mestre determinou: “Estes sinais seguirão os que crêem: Em meu nome, expulsarão demônios, falarão novas línguas... se impuserem as mãos sobre os enfermos, eles ficarão curados” (Mc 16:17).

Ministrando o Batismo no Espírito – O Batismo no Espírito Santo pode acontecer espontaneamente, como foi o caso de Pentecostes e que estavam na casa de Cornélio, sem intervenção humana. Mas na maioria das vezes acontecerá através da ministração com imposição de mãos.

Delegando autoridade e separando ministérios – Outro aspecto da imposição de mãos é a ordenação de ministros para a obra de Deus e a delegação de autoridade espiritual. Este é talvez o sentido mais comprometedor, pois através da imposição de mãos pessoas recebem autoridade e se não estiverem prontas para isso, causarão prejuízos no Reino de Deus. É importante notar que isso sempre é feito por autoridades constituídas e não pelos crentes em geral.

Podemos chegar a conclusão de que há um tremendo poder quando, em fé, colocamos nossas mãos sobre alguém. Porém, devemos buscar fazer isso considerando os princípios da palavra e aquilo que o Espírito revela aos nossos corações.

Deus te guarde sempre!

Mensagem pregada na Shekináh na noite do dia 28/05/2009
Pr Diogo Lózer